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Morte da juíza: cresce polêmica sobre carta em defesa de presos
Rio - Embora criticada pelo Ministério Público e parlamentares, a carta enviada pelo tenente-coronel da PM Roberto Alves de Lima defendendo que os policiais acusados da morte da juíza Patrícia Acioli sejam transferidos de Bangu 1 ganhou adesão na corporação.
No documento, enviado ao comando-geral da PM, para o Estado-Maior e oficiais que comandam unidades operacionais, Lima afirma que a prisão dos acusados, entre eles o tenente-coronel Cláudio Oliveira — apontado como mandante do crime — é “absurda” e “ilegal”. Então chefe do Estado-Maior quando Oliveira foi preso, coronel Álvaro Garcia, defende a transferência para o Batalhão Especial Prisional (BEP).
O deputado estadual Marcelo Freixo questiona os argumentos. “O quanto tem de legal no BEP que permite a entrada de cerveja, laptop, de onde os presos ordenam crimes e fogem quando querem? Concordo que as prisões tenham de cumprir a lei, mas para onde seriam transferidos os acusados de um crime tão grave como a morte de uma juíza? Não seria para o BEP”, afirmou.
Para o primo de Patrícia, Humberto Nascimento, a atitude do oficial é uma afronta à família da juíza e à sociedade. “Quanto à alegação de que o regime diferenciado não caberia aos réus em questão, considero um argumento repulsivo e corporativista”, avaliou.
Fragilidade
O promotor Rubem Vianna, que pediu a transferência dos PMs para Bangu 1, disse que levou em conta a fragilidade das unidades prisionais militares. “Conforme fartamente noticiado, têm se constituído em ‘colônias de férias’”, argumentou. Ele nega que os réus estejam em regime diferenciado, já que a Justiça ainda não apreciou o pedido. E informou que os militares estão submetidos ao ‘rigor de preso provisório’ e que a Justiça autoriza a permanência de preso militar em unidade comum. Alguns do PMs estavam presos anteriormente no Batalhão Especial Prisional (BEP). Um deles foi flagrado em escuta telefônica dizendo que seria fácil fugir de da unidade.
Oficial diz que medida abre precedente
O tenente-coronel Roberto Alves de Lima alega que a prisão abre precedente. “(...)Estaremos todos, de V.Sª ao mais moderno soldado PM, expostos à execração pública (...) basta que se forneça uma ocorrência em que o resultado fuja do esperado”, escreveu Lima.
Segundo o oficial, o coronel Erir Costa Filho não respondeu, mas colegas de farda já se mobilizam para tentar reverter a prisão.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar afirmou que o comandante-geral não tem atribuição sobre decisões da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e da Justiça.
A juíza foi assassinada em 11 de agosto com 21 tiros, quando chegava em casa, em Piratininga, Niterói.
Fonte: O Dia online
Deputado e família da magistrada criticam pedido de coronel ao comando-geral
POR GABRIELA MOREIRA
No documento, enviado ao comando-geral da PM, para o Estado-Maior e oficiais que comandam unidades operacionais, Lima afirma que a prisão dos acusados, entre eles o tenente-coronel Cláudio Oliveira — apontado como mandante do crime — é “absurda” e “ilegal”. Então chefe do Estado-Maior quando Oliveira foi preso, coronel Álvaro Garcia, defende a transferência para o Batalhão Especial Prisional (BEP).
Os policiais suspeitos de matar a juíza se apresentaram com uniformes de detentos em audiência | Foto: Lucas Figueiredo / São Gonçalo
O deputado estadual Marcelo Freixo questiona os argumentos. “O quanto tem de legal no BEP que permite a entrada de cerveja, laptop, de onde os presos ordenam crimes e fogem quando querem? Concordo que as prisões tenham de cumprir a lei, mas para onde seriam transferidos os acusados de um crime tão grave como a morte de uma juíza? Não seria para o BEP”, afirmou.
Fragilidade
Oficial diz que medida abre precedente
O tenente-coronel Roberto Alves de Lima alega que a prisão abre precedente. “(...)Estaremos todos, de V.Sª ao mais moderno soldado PM, expostos à execração pública (...) basta que se forneça uma ocorrência em que o resultado fuja do esperado”, escreveu Lima.
Segundo o oficial, o coronel Erir Costa Filho não respondeu, mas colegas de farda já se mobilizam para tentar reverter a prisão.
A juíza foi assassinada em 11 de agosto com 21 tiros, quando chegava em casa, em Piratininga, Niterói.
Fonte: O Dia online
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